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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015


Obama: onde acaba a ignorância

e começa a demagogia esquerdista?

«Não acredito que o presidente saiba muito sobre as cruzadas», expressou o historiador da Universidade de San Louis (Estados Unidos) Thomas Madden, ao referir-se às declarações de Barack Obama no tradicional Café da Manhã Nacional de Oração, onde comparou as cruzadas com as atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico (ISIS) contra cristãos, crianças e adultos que são decapitados, crucificados ou vendidos como escravos no Iraque e na Síria.

Nessa quinta-feira, Obama abordou os ataques cometidos pelos fundamentalistas islâmicos ao dizer que «desde uma escola no Paquistão às ruas de Paris, vimos a violência e o terror cometidos por aqueles que dizem professar uma fé, mas, de facto, estão traindo-a», e referiu-se ao ISIS como «um culto brutal e vicioso de morte que, em nome da religião, realiza actos inconcebíveis de barbárie, aterrorizando as minorias religiosas como os yazidis, submetendo as mulheres a estupros como arma de guerra, e acolhendo-se ao manto protector da autoridade religiosa por tais acções».

Entretanto, comparou os fundamentalistas islâmicos com o cristianismo ao dizer «e para que não subamos a um pedestal e pensemos que isso só acontece noutras partes, recordemos que durante as cruzadas e a Inquisição, as pessoas cometeram actos terríveis em nome de Cristo».

Estas palavras foram criticadas por Madden em declarações feitas no dia 6 de Fevereiro à ABC News ao especificar que o presidente norte-americano «está lançando como um exemplo a distorção da cristandade», tentando compará-la «com o que ele vê como uma distorção do Islão nas acções do ISIS».

«O objectivo inicial das cruzadas  recordou , foi devolver as terras aos cristãos», que tinham sido tomadas por eles durante «as conquistas muçulmanas».

Por seu lado, Thomas Asbridge, historiador da Universidade de Londres (Reino Unido), recordou à ABC News que durante as expedições para recuperar a Terra Santa também houve episódios de abusos cometidos pelos cruzados, mas sugerir uma relação causal entre o ISIS e o fenómeno medieval das cruzadas, é apoiar-se «na manipulação e subterfúgio da evidência histórica».

As cruzadas começaram em 1095 com o chamamento do Papa Urbano II para recuperar Jerusalém da dominação muçulmana e proteger os peregrinos cristãos que eram assaltados e assassinados.

Entretanto, nos últimos anos estas acções foram desacreditadas por Hollywood que baseia os seus filmes em lendas negras que já foram desmentidas em 2011 pelo historiador Paul F. Crawford do departamento de História e Ciências Políticas da Universidade da Pennsylvania (Estados Unidos).





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