BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

sábado, 11 de outubro de 2014


Que defesa da Civilização cristã do senhor cardeal?

Parece estar na moda não julgar...


Luís Lemos

Segundo a esforçada repórter Aura Miguel da (in)coerente Rádio Renascença, o cardeal Francesco Coccopalmerio falou sobre matrimónio no Sínodo da Família, que decorre no Vaticano. E, muito tolerantemente, declarou:

«Temos de ser honestos e dizer: para nós – e não é só para a Igreja Católica, penso que é para a cultura humana em geral – o casamento é entre um homem e uma mulher.»

Até aqui, tudo bem.

E depois acrescenta este senhor, que é, nada mais, nada menos, o Presidente do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos:

«... em relação aos casais homossexuais, não os julgamos, mas nunca, em absoluto, podemos equipará-los a um matrimónio, por motivos lógicos e de identidade. E também não os abençoamos, porque não podemos dizer que seja uma coisa boa».

Eis a lógica do senhor cardeal: não os julga; mas depois não pode dizer que seja uma coisa boa. Afinal, julga ou não julga? Ser neutra neste caso não implicará já um julgamento?!

O verbo julgar tornou-se um tabu. Ou, melhor, recusar julgar tornou-se uma arma do relativismo.

Em resumo, segundo o perspicaz cardeal, a Igreja deve ser neutra em relação ao assunto dos chamados «casamentos» entre os invertidos. O distanciamento da Igreja apenas se deve limitar a colocar aspas na palavra. Por enquanto.


A estas incoerências segue-se nas suas declarações uma suposta e genérica defesa dos valores da Civilização cristã. Ora bem. Isto, no seu conjunto e concretamente, será realmente a defesa da Civilização cristã ou a capitulação perante as forças que pretendem destruí-la?

Claro que dizemos capitulação partindo do princípio de que esta desastrosa estratégia seria fruto apenas de insanidade mental ou cobardia. A alternativa é maquinação.

«Temos de ser honestos» na análise – diz o cinzentão cardeal... Força, cardeal! Honestidade para a frente!

E a que a manobradora e actriz Aura Miguel rejubila de alegria com esta doutrina... das libertações.





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