BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

terça-feira, 22 de novembro de 2016


O ódio patológico


 ÓDIO PATOLÓGICO




Dos jornais de hoje:

Vão ser ouvidos esta tarde os sete militares do curso de Comandos, ontem detidos no âmbito da investigação à morte de dois recrutas.

São suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física.

Entre os detidos, está o Tenente Coronel Mário Maia, responsável pelo curso, e o Capitão Miguel Onofre Domingues, médico que alegadamente exigiu aos militares que rastejassem até à ambulância.

De acordo com o despacho do Ministério Público, procuradora considera que militares em causa moviam-se por «ódio patológico e irracional contra os instruendos» e consideravam-nos «pessoas descartáveis». Procuradora diz ainda que médico responsável pelo grupo dos Comandos esteve ausente da prova num dia de excessivo calor.

No despacho do Ministério Público, citado pelo jornal Expresso, a procuradora Cândida Vilar, que coordena a investigação no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, refere que os sete militares detidos ontem eram «movidos por um ódio patológico, irracional contra os instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos ilícitos». Por esta razão o DIAP de Lisboa entende que há «perigo de continuação da actividade criminosa e de perturbação do inquérito», razão pela qual procedeu à detenção.


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COMENTÁRIO PESSOAL:

Segundo a procuradora Cândida Vilar – qual Freud – a ordem de prisão foi dada porque tinha havido actividade criminosa e os instrutores eram movidos por um ódio patológico e irracional contra os instruendos! Ah!

E isso justificou a decisão de prender membros respeitáveis das forças armadas em vez de simplesmente os chamar para prestar declarações, como arguidos.

Na minha opinião – e sinto-me igualmente qualificado em domínios «freudianos» – é patente o ódio patológico que (alguns/algumas) membros do actual governo, forças políticas, ministério público e meios da comunicação pessoal (visual e escrita) parecem ter relativamente às forças armadas e, específicamente, às forças armadas especiais.

E – ainda na minha qualidade de interpretador dos sentimentos mais profundos dos seres humanos (porque não?!) – sinto que o «ódio patológico» que incita e alimenta as decisões de muitos deles/as  relativamente às forças armadas (e específicamente às tropas especiais) provém de dois factos distintos:

  1. Um inconfessável sentimento profundo e íntimo de reconhecimento de inferioridade ética e moral.
  2. A certeza de que – se a vida deles/as e das suas famílias forem colocadas em perigo por criminosos armados – as ditas forças especiais altamente qualificadas (treinadas por instrutores que tinham um ódio patológico e irracional contra os instruendos) avançarão sem nada pedir em troca, colocando a própria vida em risco.
E não perguntarão antecipadamente se aqueles que estão em perigo são procuradores do ministério público, membros do governo, profissionais da comunicação social com ódio patológico às forças armadas ou activistas políticos empenhados em destruir o «espírito de corpo» das ditas forças armadas.

Para essas forças armadas, existirão simplesmente cidadãos em risco que necessitam da alta qualificação que eles – voluntáriamente – adquiriram com muito esforço, determinação, espírito de sacrifício e com um certo risco de vida.


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Declaração de interesses: Não, não escolhi a carreira das armas
como actividade profissional.
















António Franco Preto                                 18 de Novembro de 2016





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