João José Brandão Ferreira,
Oficial Piloto Aviador
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán esteve em
Portugal, onde no dia 15 de Abril, participou na conferência da Internacional
Cristã Democrata. Que se saiba apenas o jornal «Expresso» noticiou o evento.
Entretanto quase todos os órgãos de comunicação
social (OCS) verteram horas de imagens, som e resmas de escrita, sobre a
multitude de jogos de futebol entretanto ocorridos.
As eleições presidenciais na Áustria deram, na 1.ª
volta, o apuramento para o despique final, um candidato tido de
extrema-direita, juntamente com outro de extrema-esquerda (camuflado com o
rótulo de ecologista), com a «originalidade» da derrota clamorosa de todos os
candidatos do «centrão».
Pois o país ficou a ignorar, praticamente tais
resultados e o que se passou…
Ao mesmo tempo, porém, noticias, reportagens e
comentários sobre a morte de estrelas do rock, normalmente ligadas a escândalos
sexuais, droga, taras e vícios sociais vários (ou será que já não há vícios?),
lograram amplo eco nas pantalhas, restante espectro electromagnético e em
caracteres alfabéticos, impressos numa substância que teve a sua origem nos
papiros egípcios.
Obama – o «entertainer» – veio à Europa interferir
abusivamente no referendo inglês sobre a permanência da Grã-Bretanha na União
Europeia; vai à Alemanha tentar condicionar a chanceler Merkel (que, por acaso,
se chama «Kasner») sobre as opções a tomar por aquele país – que depois de
vencido na II Guerra Mundial, até hoje não teve um tratado de paz –
relativamente às suas opções na NATO, versus Rússia, ao mesmo tempo que tenta
pressionar aquele grupo de políticos burocratas, não eleitos e principescamente
pagos, sitos nas diferentes agências da desunião europeia, sem norte, a
assinarem o Acordo de Parceria Transatlântica de Comercio e Investimento[1],
que anda a ser negociado «por baixo da mesa» e que, a ir para a frente, irá
soterrar de vez, a soberania dos estados europeus (e os EUA), sem que a
esmagadora maioria dos OCS nacionais, tenha feito desta viagem a mais elementar
cobertura jornalística.
Sem embargo, partem dois ou três carros com umas
bugigangas – logo denominada de caravana – para oferecer aos
refugiados/migrantes/emigrantes/etc., finalmente sustidos na Grécia (ou noutro
ponto qualquer) e é um ver se te avias de notícias laudatórias.
Aqui deve fazer-se um parêntesis para dizer que as
notícias devem ser apenas isso: noticias. Não têm, nem cabe aos jornalistas
enquanto tal, adjectivá-las…
Por outro lado, a grande maioria das ocorrências –
que são às centenas – de latrocínios, destruições, atentados à integridade
física e moral de pessoas, exigências ridículas e despropositadas e os
milhentos problemas e custos, causados por esta vaga de migração descontrolada
– que está a fazer com que as populações dos países «assaltados» estejam a
ficar prisioneiras e escravas no seu próprio território (ou o
território agora, é comum a todos?) – são omissas em 95% dos «média» nacionais!
E quando alguns ditos refugiados – pois só conhecem
de Portugal, alguns dos seus futebolistas – sendo inquiridos, não desejam vir
para cá, é o próprio Presidente da República que se amofina com isso e quer é
que eles venham…
Pergunta-se (os exemplos podiam continuar «ad nauseum»):
se isto não representa a mais despudorada censura (incluindo a autocensura, que
é a pior de todas) é o quê?
Se tal não se enquadra na mais inacreditável
manipulação, enquadra-se em quê? Se o que pela rama se descreveu, não configura
a maior falta de respeito pela liberdade de informação e de expressão,
configura o quê, santo Deus?
Deus, eu disse Deus?
Será por isso que Sua Santidade o Papa levou
refugiados muçulmanos (e, aparentemente, só esses) para o Vaticano?
Será que acampam na Capela Sistina ou irão
construir uma mesquita (com minarete e tudo) para os albergar?
Será que a Santa Sé também irá pagar a transladação
dos mártires cristãos, que andam a ser dizimados um pouco por todo o mundo
maioritariamente muçulmano, só por o serem, para o local onde Pedro fundou a
Igreja?
O prémio Carlos Magno 2016, entregue anualmente na
cidade de Aachen, foi atribuído a Sua Santidade. Felizmente que o chefe
espiritual dos católicos, apesar de o ter aceitado, não se deslocará àquela
cidade alemã, sendo o prémio entregue em Roma.
Porventura não haverá ninguém em toda a Santa Madre
Igreja, que possa alertar o Sumo Pontífice para o significado e envolventes, de
tal distinção?
O mundo foi sempre um local perigoso. Convinha não
andarmos confundidos.
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