Jorge Costa, Insurgente
O que torna o Pacheco Pereira um traste não é as
ideias que tem ou não tem. Passamos a semana inteira a ouvir coisas tão ou mais
estúpidas do que aquelas que ele faz questão de repetir por todo lado em que
lhe derem atenção, sem acharmos que quem as profere é, por isso, indigno.
O que faz dele um traste moral é não ter a coragem
de sair do PSD, e ir para Associação 25 de Abril, para o Bloco, para a Bloca,
ou para onde lhe der na realíssima gana.
Toda a gente tem o direito de mudar. O problema é
que para sair civilizadamente do partido de que um dia fez parte teria de
reconhecer que mudou (supondo que é disso que se trata e não de ressentimentos
pessoais insusceptíveis de comentário), que já não faz parte daquilo, mas que
nem por isso o grupo político a que pertenceu e as pessoas com quem partilhou
posições deixam de ser respeitáveis, como eram antes, tal como é respeitável
quem quer que jogue limpo no jogo da democracia, que é o jogo do pluralismo.
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