BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

domingo, 26 de abril de 2015


Eanes, o seu Conselho da Revolução

e a causa nacional de Olivença


Heduíno Gomes

Eanes e o seu Conselho da Revolução traíram a causa nacional de Olivença ao permitirem que a Espanha entrasse para a NATO, em Maio de 1982, sem previamente devolver a Portugal o seu território de Olivença.

Portugal, na NATO, como seu membro fundador, tinha direito de veto. Foi uma oportunidade de ouro perdida pelos DDT (donos disto tudo) entre 1974 e Setembro de 1982, data da extinção do CR.

O «grande estratega» de salão Loureiro dos Santos, com culpas no cartório, arranja uma versão surrealista para «a grande oportunidade» de Portugal reaver Olivença. Calcule-se que, para este «estratega», a grande oportunidade teria acontecido se os americanos, em vez de terem desembarcado na Normandia, tivessem desembarcado em Portugal... como se não houvesse Pirenéus! (Declaração proferida na apresentação de um livro de Paula Fitas sobre Olivença, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em 28 de Fevereiro de 2008.)

Enfim, generalatos de aviário, fardas, ordenados e agora brutas reformas. A defesa de Portugal que se lixe. Militares de salão. Vulgares carreiristas.

O grande logro chamado Eanes.
O que festejam eles?





sábado, 25 de abril de 2015


Petição entrega de Olivença a Portugal



http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Olivenca

Para: Só permitido a cidadãos Portugueses


PETIÇÃO

Petição usando a internet.

O nome e o número do Bilhete de identidade ou Cartão de cidadão são obrigatórios.

Só podem assinar esta petição cidadãos Portugueses.

São necessários 4 000 assinaturas válidas.

Petição ao Governo da Republica Portuguesa.

Em particular, «ao Senhor Primeiro-Ministro e ao Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros».

Objecto da petição: entrega de Olivença a Portugal.

Esta petição tem como base o artigo 5 da Constituição da República Portuguesa no seu n.º 3, – preceitua – «O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.»

Esta petição respeita o que está disposto na Lei n.º 43/90 de 10 de Agosto – Exercício do Direito de Petição, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 6/93, de 1 de Março e Lei n.º 15/2003, de 4 de Junho e Lei n.º 45/2007, de 24 de Agosto.

A Vila de Olivença foi conquistada pelos portugueses aos mouros, pela primeira vez em 1166. A sua posse definitiva foi reconhecida em 1297, no Tratado de Alcanices, quando foram fixadas as fronteiras entre Portugal e Castela. Durante mais de 600 anos a sua população bateu-se contra as investidas de Castela e depois da Espanha (a partir de 1492) para preservar a sua identidade nacional.

No dia 20 de Maio de 1801, o exército espanhol, tomou o Concelho de Olivença, usurpando 750 km2 do território de Portugal, incluindo uma das suas vilas mais importantes.

Esta usurpação ocorreu num momento particularmente dramático para Portugal, dado que vivia sob a ameaça de uma invasão pelo exército francês. A Espanha aproveitou-se desta fragilidade de Portugal, e declarou-lhe guerra pela força das armas, ocupando, em violação do direito internacional, um território que não lhe pertencia, subjugando uma população indefesa.

Em 1815, após inúmeras manobras negociais, a Espanha compromete-se a devolver aquilo que havia roubado a Portugal, mas acabou por nunca o fazer. Pelo contrário, iniciaram uma sistemática política de genocídio cultural de uma parte do povo português e de ocultação das marcas de um crime.

Em 1817 a Espanha reconheceu a soberania portuguesa subscrevendo o Congresso de Viena de 1815, comprometendo-se à retrocessão do território o mais prontamente possível. Porém, até aos dias de hoje, tal ainda não aconteceu.

Para tentar provar que Olivença não é Portuguesa, recentemente a Igreja de Santa Maria Madalena, Manuelina, foi eleita por Espanha Monumento Espanhol. Mas o seu estilo, a sua arquitectura, as armas que ostenta, são indubitavelmente Portuguesas.

Exigimos a entrega imediata de Olivença a Portugal pela potência invasora.

Apoie esta Petição. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Olivenca





quarta-feira, 22 de abril de 2015


O rosto da Constituição de Abril


O Tribunal Constitucional – aquele órgão que nem deveria existir – foi auditado pela primeira vez: carros para uso pessoal, dinheiro recebido a mais pelos juízes, avaliação dos funcionários por fazer.

Sousa Ribeiro, o seu Presidente, «desgostoso», garante que vai emendar.

Entretanto, andou a usufruir dos nossos impostos – ele e os outros.

Mas isso ainda foi o menos. O pior foram as suas interferências políticas, mascaradas de defesa da Lei.






segunda-feira, 6 de abril de 2015


Aconteceu-nos e pode voltar a acontecer


Helena Matos, Observador, 29 de Março de 2015

O que o percurso de Sócrates revelou foi uma enorme disponibilidade da esquerda para apoiar caudilhos e a extraordinária fragilidade daquele que, até hoje, tem sido o principal partido português, o PS.

Andamos todos muito entretidos a discutir o futuro das democracias por causa do crescimento de partidos que esperávamos ver como marginais – o Syriza, o Podemos e a Frente Nacional. Muitos de nós até agradecemos aos céus, ao PREC e ao PCP preservarem Portugal de tal assombração. Mas nem reparamos que aquilo que podia ter acontecido em Portugal e de certa forma aconteceu foi bem mais perigoso. Foi um grande partido tornar-se ele mesmo um instrumento das circunstâncias pessoais de um homem, José Sócrates.

Entendamo-nos desde já e antes que comece a ladainha na caixa de comentários sobre a inocência de José Sócrates e a sem razão da sua detenção: não me interessam as acusações de natureza criminal que possam vir a ser feitas contra o antigo primeiro-ministro. Experimento aliás uma imensa vergonha de cada vez que saem mais notícias sobre tal assunto. Afinal não passo de uma provinciana cidadã de um pequeno país que sabe que este tipo de casos acontece em todo o lado mas que também não ignora que o mundo reage institucionalmente quando estes casos acontecem com o Kremlin ou o Palazzo Chigicomo panos de fundo.

Pelo contrário se o cenário for aquela pequena vivenda de S. Bento a que por aqui chamamos palácio, os sorrisos escarninhos e condescendentes logo aparecem. A isto, que já não é pouco, junta-se o meu sério temor que ao reduzirem-se as dúvidas sobre a actuação de José Sócrates a um ou muitos casos de justiça acabemos a esquecer o essencial: a condenação ou absolvição num tribunal não pode nem deve substituir-se ao juízo moral nem político.

Feita esta introdução passemos ao que me interessa: a política. E aos falarmos de política chegamos àquilo que o percurso de Sócrates revelou: uma enorme disponibilidade da esquerda para apoiar caudilhos e uma extraordinária fragilidade daquele que, até agora, tem sido o principal partido português. Não interessa que o PS ganhe ou perca as eleições. A linguagem, o paradigma, as referências, o padrão do regime são socialistas em Portugal.

Cavaco Silva conseguiu enormes vitórias eleitorais mas continua a ser visto como um intruso no poder. Os estadistas são Soares e Guterres. Sá Carneiro só é uma referência transversal porque morreu. E é muito cedo para dizer que Passos Coelho conseguirá alterar esta espécie de pacto de regime. Portanto, que o PS possa ser capturado por um grupo que o coloca ao serviço dos seus particulares desígnios não diz apenas respeito aos socialistas. Diz respeito a todos nós. Não tenho aliás grandes dúvidas sobre o que seria o funcionamento das instituições da democracia portuguesas devidamente entregue a pintos monteiros e noronhas do nascimento, caso o governo em funções em 2011 não se tivesse visto obrigado a chamar a troika e que consequentemente Sócrates não tivesse perdido as eleições em 2011. De igual modo tenho quase a certeza que Sócrates preparava uma candidatura presidencial quando foi detido. Para tudo isso podia contar com o PS transformado no seu círculo protector.

Mas deixando o plano do que nos poderia ter acontecido voltemos ao plano do que de facto nos aconteceu e não pode voltar a acontecer: um partido, para mais um grande partido, sofrer um processo de captura pelas circunstâncias pessoais do seu líder. E este usar em proveito próprio as características desse mesmo partido. No caso, a cultura jacobina a par da convicção de superioridade intelectual e moral dos quadros e simpatizantes socialistas levou-os a transformar o partido numa espécie de milícia de defesa de Sócrates.

Note-se que os partidos socialistas sempre foram um objectivo para a chamada táctica do «entrismo» que, como é próprio de todas as tácticas políticas muito ardilosas mas pouco eficazes, nasceu da cabeça dos trotsquistas.

Resumidamente a coisa passar-se-ia assim: militantes trotsquistas escondendo a sua pertença ideológica filiavam-se noutros partidos, sobretudo nos socialistas democráticos. Uma vez lá dentro tinham como objectivo transformar estes partidos reformistas em partidos revolucionários.

Tudo isto tem as suas variantes que no caso português acabam geralmente com a irónica suspeita de que o estalinista PCP seria o grande beneficiado caso a tendência «entrista» de Manuel Serra tivesse vingado no congresso do PS de 1974. Já em França o entrismo foi bem sucedido quando o antigo militante trotsquista Lionel Jospin se tornou líder do PSF. Acontece contudo que sendo os trotsquistas notáveis a conceber tácticas são também incapazes de atender ao essencial: o infiltrado podia esquecer-se da missão que trazia e aderir às teses da organzição que deveria subverter. Assim nunca se soube se Lionel Jospin foi ou não um agente do entrismo da Organização Comunista Internacionalista dentro do PSF. Mas em boa verdade não fez nada para transformar o PSF num partido revolucionário. Aliás enquanto primeiro-ministro proferiu a frase «l’État ne peut pas tout» um óbvio ululante mas dizer em França no ano de 2002 que o Estado não pode tudo era um perfeito sacrilégio face ao estatismo então e agora reinante na esquerda e na direita daquele país.

Espantosamente (ou talvez não) o PS português, que sempre manifestou prudência face aos candidatos a entristas ou que teve a capacidade de os tornar politicamente apresentáveis como fez com Ferro Rodrigues e Jorge Sampaio (antigos radicais do MES) deixou-se instrumentalizar por Sócrates. O que esse episódio nos veio mostrar é que qualquer um que domine o jargão da esquerda e a leve a acreditar que ele sim vai derrotar a direita inevitavelmente ultra-montana, retrógrada e reaccionária («a mais estúpida do mundo» e «neo-liberal» também são expressões a considerar) terá não apenas o apoio mas também a devoção do eleitorado socialista. Mais, contará com o silêncio dos estridentes compagnons de route dos socialistas, como é o caso do BE e seus múltiplos derivados, que vivem na esperança de fazer o melhor negócio da política portuguesa: associarem-se ao PS ou serem convidados a entrar naquele partido.

Seja qual for a modalidade, uma regra aplica-se sempre: nunca uma gente que não vale mais que meia dúzia de votos consegue tanto protagonismo e alarido em torno das suas pessoas. Para cúmulo ficam sempre com a aura de serem a consciência de esquerda do PS o que é meio caminho andado para se tornarem personalidades de referência e para que o PS se convença de que fez um bom negócio.

Assim, o que perturba não é tanto o que Sócrates fez mas sim aquilo que muitos no PS e nessa entourage que vive de o PS ser poder não quiseram ver que ele fazia. Perturbante é ainda e sobretudo constatar que o povo socrático continua à espera de quem lhe pegue. Não, não me estou a referir aos que vão cantar hinos para a porta da prisão de Évora mas sim a essa plêiade de notáveis que quanto mais insanes eram as medidas que o então primeiro-ministro tomava mais eles resguardados nas suas universidades, institutos, fundações, ordens e observatórios, garantiam que o primeiro-ministro devolvera a esperança aos portugueses. Essa gente continua aí, disponível, à espera não só de quem lhes prometa o impossível mas sobretudo de quem consiga envolver essa promessa num imaginário de uma esquerda a «malhar na direita». Tal como anunciava aquele homem que nos Restauradores vendia os mais improváveis objectos «É disto que o meu povo gosta!»

Na verdade o PS gostou de Sócrates e aquilo que esperam de cada novo líder é que ele lhes devolva o espírito miliciano que tiveram com Sócrates. Nada disto é crime. Mas politicamente falando é um desastre. Para maior azar foi o nosso desastre e pode voltar a sê-lo outra vez.





sábado, 4 de abril de 2015


Esta é a ONU dos «sábios» Adriano Moreira e Freitas


Heduíno Gomes

No nosso post «Assembleia Geral vota a favor do 'casamento' entre invertidos e fufas» há ainda a acrescentar uma pequena nota.

Esta é a ONU dos nossos «sábios» Adriano Moreira e Freitas do Amaral, que pretendem colocar a ONU a governar o mundo.

Dois académicos parolos sem visão de Estado e sem perspectivas nem para a Civilização, nem para o Ocidente nem para Portugal.







Assembleia Geral da ONU vota a favor

do chamado «casamento» entre invertidos e fufas


Stefano Gennarini, resumido

Tradução: Julio Severo

Numa reunião do orçamento animada e surpreendentemente cheia na semana passada, os países membros da ONU aprovaram benefícios especiais para qualquer funcionário invertido ou fufa da ONU.

Uma proposta na Assembleia Geral quase reverteu a decisão unilateral do secretário-geral em Junho passado estendendo benefícios de casamento para qualquer funcionário invertido ou fufa da ONU, ainda que o seu país de origem não reconheça o «casamento entre invertidos e fufas».

O Secretário-Geral da ONU com o universalista,
relativista e multiculturalista Sampaio.

O que é surpreendente é que 80 países votaram a favor para permitir tais benefícios. Só 43 países votaram para revogar a decisão executiva, e 70 países cujas leis não estão em coerência com a acção executiva ou se abstiveram do voto (37), não apareceram ou não chegaram a dar um voto (33). Se todos esses países tivessem votado, é provável que a Assembleia Geral tivesse revogado o secretário-geral.

Uma mensagem do secretário-geral defendendo a sua decisão foi lida antes da votação, dizendo que era seu «privilégio e dever» tomar tais decisões. Os Estados Unidos, os países europeus e os países nórdicos tomaram a palavra para repercutir os comentários dele sobre a necessidade de promover a «igualdade.»

Fontes dizem que o resultado da votação não deveria ser visto como uma exibição mundial de apoio aos direitos LGBT, mas como prova da dominação completa dos países ricos que fazem doações no orçamento e nas questões administrativas da ONU. O resultado aumenta a percepção de que os países membros não têm a mesma agenda social dos países ricos que fazem doações e têm menos adesão no sistema.

Até mesmo entre os 80 países que votaram com o secretário-geral, pelo menos metade deles não tem condições de dar benefícios especiais para invertidos e fufas nas suas leis nacionais. O casamento entre um homem e uma mulher permanece como norma na maioria dos países e não mais do que 40 países no mundo inteiro dão benefícios a invertidos e fufas por meio de leis que sancionam o tão chamado «casamento» entre invertidos e fufas ou uniões civis. Até mesmo na Europa poucos países sancionam tais «casamentos» sem qualificação.

As abstenções e ausências são o produto de uma campanha de seis anos realizada pelos Estados Unidos e países europeus para fazer com que os países se abstenham durante as votações envolvendo direitos lésbicos, invertidos, bissexuais e transgêneros (LGBT) na ONU.

Esta não é a primeira vez que a Assembleia Geral dá a sua aprovação oficial a uma decisão do secretário-geral para garantir benefícios de casamento para funcionários invertidos e fufas da ONU.

A resolução de 2004 foi adoptada pela Assembleia Geral depois de uma acção executiva similar do secretário-geral, e limitava o alcance da sua decisão para estender benefícios de casamento para invertidos e fufas. Desta vez a votação foi necessária.

A votação foi um caso que estabeleceu um precedente para futuras acções conjuntas dos países europeus e do secretário-geral para avançar direitos LGBT por meio do sistema da ONU, apesar da falta completa de qualquer mandato em resoluções da ONU. Um precedente foi agora estabelecido para o secretário-geral abertamente desafiar o consenso da Assembleia Geral em questões LGBT.