BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


Alerta e barbas de molho


João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador

 «Mouros em terra, moradores às armas.»
Brado existente em Portugal desde os
tempos do Rei D. Afonso II.

A questão dos «migrantes», ou que se lhe queira chamar, tem sido muito mal conduzida, mas não pelas razões maioritariamente vindas a público, na opinião publicada e nas afirmações de responsáveis políticos.

Compreensivelmente, ou talvez não, não se quer «alarmar» (para não lhe chamar a mais despudorada censura) a opinião pública, mas convém prepará-la para o que aí pode vir! E não é nada de bom.

Já o afirmámos e escrevemos por diversas vezes: o que temos em mãos, e perigosamente perto das nossas barbas não é apenas, nem sobretudo, um problema humano e de ajuda humanitária, mas sim um problema geopolítico homérico e extremamente perigoso.

Até que ponto foi provocado e tem sido influenciado em determinada direcção, ou não, bem como a existência de objectivos que não aparecem à luz do dia, são questões ainda não devidamente apuradas e sujeitas a especulação.

O Estado, porém, tem que se cuidar, prever e tomar medidas cautelares, antes que as coisas fiquem fora de controlo e mergulharmos num caos que se afigura vir a ser muito sangrento.

Em Portugal, para variar, todo o mundo assobia para o lado, como se tudo estivesse como Deus com os anjos, e muito ufanos de que somos os «melhores» em lidar com o problema.

O que queremos é que venham mais migrantes confiantes, porventura na esperteza saloia, de que eles preferem ir para outros locais e mesmo estando cá, se vão embora (o que tem, aliás, acontecido).

Fórmula muito gasta de querer estar bem com Deus e com o Diabo, ou ter simultaneamente Sol na eira e chuva no nabal…

Tal fórmula irá, inevitavelmente, correr mal.

Pondo de lado os néscios – fauna que desmente o arrazoado dos revolucionários de 89, de que somos todos iguais, a não ser no que tocava à guilhotina – queremos lembrar àqueles que defendem genuinamente as ideias da Sr.ª Merkel quanto à questão, que tal não é um assunto que possa ser experimentado em laboratório. Ou seja, o mal não tem retorno adequado. Convinha que pensassem nisso.

Em resumo: os órgãos do Estado e muita população (que não gosta de ser «incomodada» com problemas – é preciso que se diga) continua expectante como a avestruz.

E tirando um maior incremento na área das informações, pouco se tem feito.

Nem sequer assumir que existem ameaças. E estas têm que ser encaradas e tratadas.

A primeira ameaça chama-se António Guterres. Devido ao seu actual cargo e conhecido o seu especial afã em prol dos refugiados, vai certamente, pressionar o Governo, AR e PR (se é que eles precisam de ser pressionados) para recebermos não mais, mas sim muitos mais refugiados. Ajuda a dar o exemplo…

Querem apostar?

A segunda ameaça tem a ver com a previsibilidade de abertura de novas rotas que exporão exponencialmente, o nosso país ao problema.

Estamos a referir-nos ao desvio de refugiados para Espanha e daí para cá, ou directamente para o Território Nacional.A Espanha já tem problemas no Sul e na Catalunha com o excesso de imigrantes vindos do Norte de África e muitos casos de não integração.

A situação política, económica e social em Espanha está longe de ser das melhores e o país é potencialmente um dos mais fragmentáveis de toda a Europa.

Creio que é escusado dizer (mas mesmo assim digo) que tudo o que se passa em Espanha tem um efeito directo em Portugal.

E a partir do momento que os migrantes desaguem em Espanha, rapidamente chegam cá.

Por outro lado Marrocos não é propriamente um oásis.

O Rei tem que manter mão de ferro sobre os grupos que não apoiam a sua Dinastia ou os que lhe são próximos – lembro ainda que o conceito de Democracia é praticamente desconhecido e repudiado no mundo islâmico.

Apesar de Marrocos ser dos países muçulmanos mais estáveis, tem graves problemas económicos e sociais a que uma demografia galopante impõe um «stress» permanente.

A pressão dos habitantes dos países do Sahel em o atravessarem para «saltar» para a Europa é também um factor desestabilizador.

Para já não falar dos cancros de islamismo radical que pululam à sua volta e que possam mesmo a estar a ser incubados no seu território.

O conflito não resolvido do Sahara Ocidental, também é fonte de tensões, sobretudo com a Argélia, e pode abrir novas frentes de saída de imigrantes.

A recente fuga de argelinos no Aeroporto de Lisboa é prova de que algo já começou a mexer.

Finalmente a Espanha não morre de amores por Marrocos e Argélia e vice-versa.

Podem-se estabelecer, outrossim, rotas de fuga para as Canárias, para o Algarve e para o Arquipélago da Madeira.

Digamos que o território português mais exposto são as Ilhas Selvagens e a Ilha de Porto Santo.

O que farão as autoridades portuguesas se ocuparem as Selvagens, ou aparecerem meia dúzia de navios com umas centenas de migrantes na costa de Porto Santo, por exemplo?

Chegar aos Açores é mais difícil mas não é impossível, sobretudo no Verão e neste caso a ilha mais exposta é Santa Maria.

Aliás, nada disto é novo: o território nacional e os seus mares foram assolados pela pirataria berbere desde D. Afonso Henriques e chegou a ser prática corrente, raptarem mulheres, engravidarem-nas e depois largarem-nas novamente nas nossas costas.

Havia atalaias por todo o lado; fortes e locais artilhados e a Armada Portuguesa manteve uma esquadra (chamada do «Estreito»), até meados do século XIX, para defender o Sul do território.

Não há nada de novo debaixo do Sol…

E, já agora, as ameaças de reivindicação do «Al Andaluz» são para serem levadas a sério.

Deste modo urge ser pró-activo a começar pelo Conselho de Chefes Militares, e pôr as barbas de molho.

O PR, se é que ouve conselhos, em vez de se preocupar em ser Pai Natal o ano todo, não faria mal em reunir o Conselho Superior de Defesa Nacional – pois é disso que se trata – para debater o assunto.

Talvez não fosse má ideia começar por organizar os Serviços de Informação de modo a que funcionem efectivamente, o que não acontece desde que extinguiram a PIDE/DGS; acabar de seguida com a «paisanisse» em que as Forças de Segurança caíram – o que também não se conseguirá com este Governo, nem com a «espirra-canivetes» da Senhora Constança, a quem «entregaram» o MAI e que julga, muito cheia si mesma, resolver todos os problemas, mesmo percebendo muito pouco do «metier» em que foi posta.

Estar preparado para fechar as fronteiras de um momento para o outro e estabelecer vigilância aturada com equipas móveis (terrestres, aéreas e marítimas); idem para o estabelecimento de um ou mais campos de internamento, caso a necessidade a tal obrigue.

Exercer vigilância discreta sobre os refugiados que se aceitarem, após escrutínio severo para a sua entrada; expulsar de imediato clandestinos e criminosos.

Finalmente aumentar a vigilância aérea e marítima do território nacional; ter equipas de operações especiais prontas a intervir em qualquer local do mesmo; ter algumas unidades de escalão companhia em prontidão, para intervir em situações de ordem pública de alta violência, junto às fronteiras; ter navios de guerra e aviões de combate em estado de prontidão elevado, de modo a poderem ser usados como demonstração de força e eventual retaliação, caso um eventual conflito assim o exija.

Não devemos esperar (nem estar à espera) de qualquer ajuda da UE e a «Guarda Costeira Europeia», em congeminação, além de ir ser mais um atentado à soberania nacional, neste âmbito, não vai servir para manter os refugiados à distância, mas para os ajudar a entrar…

É evidente que tudo isto é o mínimo que se pode fazer (o Arquipélago da Madeira devia ser reforçado de imediato com mais um patrulhão e uma lancha de fiscalização, por exemplo), irá obrigar ao reforço dos orçamentos das Forças de Segurança e sobretudo das Forças Armadas – que estão à míngua (e lembro que não existem reservas de guerra de espécie alguma, reservistas ou qualquer sistema de recrutamento de emergência) ؘ– o que obviamente, o Governo irá tentar resistir até à última, ou seja, até demasiado tarde.

Parece ser a nossa sina.

Estimo que tenham um bom ano.





domingo, 25 de dezembro de 2016


O conceito de país em helicóptero estacionário


João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador

«Elegeu deus Pastor à sua grei (…) Conforme e junto
o Povo nua vontade/Num só, por bem comum, pôs
seus poderes.»
António Ferreira, Carta a El-Rei D. Sebastião.

«Antes de alguém ser levantado Rei de Portugal, jure
primeiro guardar os privilégios, liberdades e foros da
Nação.»
D. João IV, Alvará de 9/9/1647.

Imagine-se um helicóptero – máquina que até os ministros da defesa que temos tido, devem ter uma ideia do que seja.

O helicóptero é uma aeronave estranha e tudo nele está concebido (aparentemente) para não voar. E, no entanto, voa!

Uma das coisas que faz na perfeição – enfim dependente do «helioto» que vai lá dentro – é a manobra de «estacionário». Quer isto dizer, que a máquina fica suspensa na atmosfera, não se movendo nem para cima nem para baixo, tão pouco para a frente ou para trás.

Fica assim até que o piloto (isto é, o helioto – que é uma forma carinhosa de os tratar) caia para o lado ou o combustível se esgote.

Assim parece acontecer, por antonomásia, com um país «sui generis» a que chamaram Portugal.

Um país onde faz décadas, os «heliotos», ou seja, os políticos da partidarite, que são a face do poder, se revezam aos comandos, sem se cansarem, ligando amiúde o piloto automático dos impostos; ao passo que tentam por todos os meios, reabastecer-se no ar, com combustível (dinheiro) que pedem emprestado e não conseguem pagar (ou vão pagando com novos empréstimos).

Arte, esta, em que se especializaram e que só encontra paralelo na exímia aldrabice, sem vergonha, com que dizem hoje uma coisa e logo a seguir o seu contrário.

Às vezes nem passam 24 horas…

Ora tempos existem, em que os fornecedores de «combustível» se cansam dos calotes e cortam o fornecimento.

Foi o que aconteceu em 1977, 1983 e 2008, devendo faltar pouco para acontecer novamente.

Nestas ocasiões o helicóptero, que não ia para lado nenhum, estatela-se e parte-se.

A cena vai-se repetindo.

Tudo isto está relacionado com a frase que poderia servir de subtítulo, ao escrito: Onde é que está o Poder em Portugal?

Aparentemente não está em lado nenhum.

Tudo começa na nossa «virtuosa», mas incompetente (e antidemocrática) Constituição (CR), uma verdadeira balzaquiana precoce, que acabou de fazer 40 anitos!

Expliquemo-nos:

Quem foi concebendo a CR entendeu montar um regime – não estou a referir-me sequer, aos laivos «comunistóides» de cariz totalitário – em que tudo estivesse em equilíbrio e cheio de contra pesos.

Isto é, um regime em que ninguém pudesse ter autoridade, ou seja, pudesse exercer o Poder.

O tal país em estádio de helicóptero em estacionário…

Começaram por estabelecer o semipresidencialismo, ou seja, os poderes ficaram divididos entre o PR e o Parlamento (com uma ligeira vantagem para este último) e o Governo entalado entre ambos.

Não é carne nem é peixe…

Repescaram em seguida a velha fórmula jacobina do Montesquieu, tentando encontrar um equilíbrio entre o Poder Executivo, o Legislativo e o Judicial – com cada um a puxar inevitavelmente para seu lado – mas deixaram passar uma «lei de imprensa» que permite a mais despudorada demagogia, propaganda, manipulação, controlo financeiro, etc. e deixa, benevolamente, que os órgãos de comunicação social – que ninguém elegeu, influenciem (e outros por eles), tudo e mais alguma coisa.

O sistema judicial – que é ainda, nos últimos tempos, o único que tem tentado impor alguma moralidade no sistema, isto é, no cancro da corrupção – uma questão moral não contemplada em peça alguma de legislação – está eivado também, de erros de organização e submetido a leis demasiado liberais e cheias de «garantias» e alçapões onde os criminosos e menos escrupulosos vão cevar as suas manhas; é de uma morosidade paquidérmica; acessível, por cara, apenas a uma minoria de portugueses e em conflito sistémico entre Procuradores e Magistrados. É ainda, insaciável de recursos.

Porém, quem manda efectivamente é o poder do dinheiro, o sistema que o gere e as famílias que o dominam. E tudo isso está fora das nossas fronteiras (se é que esse conceito ainda existe…).

Os Partidos Políticos – o tumor mais maligno do Regime – vivem em «guerra civil» permanente e são apenas máquinas de bota abaixo. Não evoluem nem se reformam.

Naturalmente que o Parlamento está refém dos Partidos onde passam a imperar as diatribes e as negociatas – não foi por acaso que o conhecido apostrofador da corrupção, o Dr. Paulo Morais, teve a serena coragem de denunciar no seu interior, como sendo o maior antro de promiscuidade existente entre os interesses públicos e privados, e nem uma reacção de protesto suscitou.

O Parlamento há muito que é uma instituição perfeitamente desqualificada!

A concertação social, raro concerta algo e é sempre por pouco tempo. Parece que os seus membros vivem em campos opostos, como se pudessem viver uns sem os outros ou contra os outros.

Os Sindicatos em vez de serem organizações livres de trabalhadores, destinados a concertar e resolver problemas de trabalho e usando a greve em último (e raro) recurso, permite-se-lhes que sejam correias de transmissão de Partidos Políticos e usados como arma de arremesso político.

Permitem-lhes até, que paralisem o maior porto do país por tempo indeterminado…

A Instituição Militar e a Diplomacia foram cerceadas de quaisquer poderes ou influência, limitando-se a existirem sem se dar conta deles, a não ser por algo que corra mal.

Idem, para as grandes instituições académicas e culturais centenárias que são, ou deviam ser, esteio da sociedade.

Por outro lado, envolveu-se todo este nebuloso edifício por uma miríade de organismos; entidades reguladoras ou fiscalizadoras; órgãos de conselho e de inspecção; observatórios e fundações, eu sei lá que mais, com as mais diversas competências e autoridade (ou sem ela), que se atropelam uns aos outros, e sem qualquer resultado positivo a não ser gerar ruído, confusão e consumir recursos.

Porém, alimentando uma fauna de serventuários e apaniguados da tralha partidária, na sua maioria absolutamente dispensáveis e inúteis!

Poderia continuar, mas creio já ter ilustrado o que se deve entender por «país em estado de helicóptero estacionário»!

Notem que até as maçonarias (regular e irregular), não se entendem, para além de tentarem infiltrar transversalmente o centrão da massa partidária; cargos directivos da Universidade; Forças Armadas; Diplomacia; aparelho judicial e, sobretudo, os Serviços de Informações.

O PCP e BE tentam, cada um à sua maneira, subverter tudo e a Igreja católica é saco de pancada de todos. Todos os três são mutuamente exclusivos…

Se agora passarmos do plano nacional para o da União Europeia, entramos no âmbito da demência colectiva.

Em Portugal a nossa querida CR ainda nos impõe (artigo 288, alínea b) que vivamos em «República», bem como outras blindagens a que chamaram «limites materiais da revisão». Vá lá que não lhes deu para a «Sharia»…

Finalmente envolve-se tudo isto numa linguagem de elixir democrático e tenta-se fazer crer à população – que vive na sua maioria na mais negra ignorância do que se passa à sua volta – que ela é que influencia o decorrer dos acontecimentos ou até consegue escolher quem os governa!

*****

Está tudo errado (pronto, ok, está quase tudo errado).

Saponária e simplificação precisam-se. Algum Patriotismo não ficava mal, também.

No nosso caso a fórmula é até, simples: Portugal, isto é, a Nação e a Pátria Portuguesa (e respectivo território), deve ser a matriz, o alfa e o ómega, de tudo.

Para nos organizarmos e entendermos, não precisamos de seguir ideologias, doutrinas ou modelos estranhos, raiz de quase todos os problemas de antanho.

Mas necessitamos de estar sempre atentos aos ditames da Geopolítica e da Estratégia (não, não tem nada a ver com aquilo que os senhores da bola, falam…).

É urgente simplificar estruturas e torná-las operativas, não de as multiplicar (a tal reforma do Estado, de que se cansam a falar, mas onde não se mete estopa nem prego); dar autoridade (que é o que permite a decisão e um rumo) a quem tem que a ter para governar efectivamente e descentralizar o mais possível, responsabilizando.

As matrizes, cultural e Moral, têm que ser as nossas (não a de outros, como os adeptos do multiculturalismo defendem), e as estruturas organizativas e as leis, devem ser aquelas que sejam apropriadas a portugueses, não a esquimós, ameríndios ou berberes (tão pouco a alemães)!

E, em tudo isto, o colectivo deve preferir ao individuo; o Direito Natural ao Racionalismo e o Espírito à matéria (ui, estas feridas doem…).

Não se devem ainda procurar soluções para o nosso devir colectivo, em termos de Segurança, Justiça e Bem-Estar (a ordem dos termos não é arbitrária!) – que são a funções clássicas (e utópicas) do Estado, por ser isso o que todos nós procuramos – em termos capitalistas, comunistas, socialistas, fascistas, ou outros «istas» quaisquer. Tais teorias só servem para dividir, baralhar, guerrear, etc. e nunca resolveram problema algum da Humanidade, ou de um povo.

Nenhum modelo de organização politica é, ou será perfeito, mas um modelo municipalista como o consolidado nas Cortes de Leiria, de 1254, com a interacção das «Corporações», e das grandes instituições nacionais, mantendo um conceito gibelino para a eleição do Chefe de Estado – no sentido da tradição nacional, que vem de Ourique e se Implantou definitivamente após as Cortes de Coimbra de 1385, em que a figura do monarca é de origem portuguesa e que mesmo sendo de origem divina, tem de ser aclamado pelo povo – talvez seja o modelo mais adequado ao país que fomos e somos.[1]

Mas parece que ninguém está interessado em discutir coisas sérias.


[1] Embora tenha claudicado pela força da corrupção e das armas espanholas, nas Cortes de Tomar, de 1581. Também, na Constituição de 1911, que estabelecia que o PR era eleito indirectamente pelo Parlamento.





terça-feira, 13 de dezembro de 2016


«A BARCA DE PEDRO AVANÇA

PERIGOROSAMENTE À DERIVA»



24 sacerdotes e académicos católicos
assinam carta de apoio aos cardeais
que questionam Bergoglio



InfoCatólica, 10 de Dezembro de 2016

Un grupo de sacerdotes y académicos católicos ha hecho pública una carta de apoyo a los cardenales Burke, Meisner, Caffarra y Brandmüller, tras las críticas recibidas desde diversos sectores de la Iglesia por haber hecho públicas las preguntas – dubia – que enviaron al Papa sobre el cap. VIII de Amoris Laetitia.

Los firmantes de la carta manifiestan que «como pastores de almas e intelectuales católicos, deseamos expresar nuestra profunda gratitud y pleno apoyo a la valiente iniciativa de cuatro miembros del Colegio Cardenalicio, Sus Eminencias Walter Brandmüller, Raymond Leo Burke, Carlo Caffarra y Joachim Meisner».

Tras manifestar el sentido de la iniciativa de los cardenales, los firmantes reconocen que han «leído los intentos de Christoph Cardenal Schӧnborn y del Profesor Rocco Buttiglione de interpretar la exhortación apostólica según una «hermenéutica de la continuidad», pero añaden que, «a nuestro juicio no han conseguido demostrar su tesis fundamental, según la cual los elementos novedosos contenidos en AL no ponen en peligro la ley divina».

Al citar el artículo del profesor Pierantoni sobre la crisis arriana, recuerdan que entonces «la gran mayoría de los obispos, entre ellos incluso el Sucesor de Pedro, vacilaron acerca de la cuestión de la Divinidad de Cristo. Muchos no cayeron plenamente en la herejía; sin embargo, desarmados por la confusión o debilitados por la pusilanimidad, buscaron fórmulas de compromiso fácil en aras de la «paz» y la «unidad» .Y opinan que:

«Hoy en día asistimos a una crisis metastásica semejante, que en esta ocasión afecta a aspectos fundamentales de la vida cristiana. Se continúa rindiendo un tributo simbólico a la indisolubilidad del matrimonio, el carácter de pecado grave objetivo de la fornicación, el adulterio y la sodomía, la santidad de la Sagrada Eucaristía y la terrible realidad del pecado mortal. Pero en la práctica, un número creciente de eminentes prelados y teólogos están menoscabando o negando de hecho estos dogmas – y por ende, la existencia de prohibiciones sin excepciones en la ley divina sobre el comportamiento sexual – en virtud de su énfasis exagerado y unilateral en la «misericordia», el «acompañamiento pastoral» y las «circunstancias atenuantes».

Igualmente creen que «con el Pontífice reinante, la trompeta emite ahora un sonido muy incierto en esta batalla contra los «principados y potestades» del enemigo, de forma que la barca de Pedro avanza peligrosamente a la deriva como un navío sin timón e incluso muestra síntomas de una «desintegración incipiente» y por ello advierten que todos los obispos tienen el deber de defender la doctrina católica.





segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


Entendendo a ideologia do «género» em 2 minutos



https://www.youtube.com/watch?v=j7zbS1RYdpg






O lóbi homossexualista no ministério da Educação

O grande educador sexual


A chamada «educação sexual»: preparação ideológica
para a pedofilia e para a homossexualidade.


Inês Teotónio Pereira, Diário de Notícias, 10 de Dezembro de 2016

Já no próximo ano lectivo, uma criança com 5 anos pode aprender educação sexual no pré-escolar através de temas pedagógicos como este: «Desenvolver uma atitude positiva em relação ao prazer e à sexualidade.» Cinco anos.

Já aos 10 é possível assistirem a aulas sobre contraceptivos e aborto. Dez anos. Não sei porquê mas em Portugal convive-se bem com o conceito do Estado Grande Educador: não aflige ninguém que o Estado nos entre pela casa dentro e imponha como é que os nossos filhos devem ser educados. Não é quais as competências que as crianças devem adquirir a Matemática, Geografia ou Português. Isso é fascismo. Não, é mesmo o que eles devem pensar, como devem ser formados. Imaginem que há por aí famílias que só querem explicar aos filhos o que é o aborto depois de eles saberem como nascem os bebés? Um perigo. Ora, na dúvida sobre quem são os pais, o Estado antecipa-se através dos bancos da escola a educar os filhos segundo os cânones de directores-gerais de Educação e técnicos que lhes vão recarregando as armas com relatórios e estudos. Mas ninguém se chateia.

O conteúdo do documento intitulado Referencial da Educação para a Saúde e o facto de ainda ninguém ter invadido o Ministério da Educação como consequência lógica deste documento é prova dessa indiferença. Se fosse eu a entrar em casa da minha vizinha para explicar à sua filha de 10 anos a diferença entre a interrupção voluntária da gravidez e a não voluntária ou a dinâmica positiva do prazer e da sexualidade, acredito que a minha vizinha chamasse a polícia. E bem. Mas, se for a professora de ciências, não faz mal nenhum. Afinal, ela está apenas a educar para a saúde.

Um Estado socialista como o nosso vai até onde o deixam ir e com a convicção perigosa de quem se acha mais habilitado do que os pais para educar os filhos. Seja em educação sexual, alimentação, religião ou laicidade. Um Estado como o nosso não toca à campainha para entrar em nossa casa. Entra. E é isto o mais sinistro do documento referencial: o abuso. É que estas são portas que não se abrem a estranhos e muito menos à figura abstracta que é o Estado.




quinta-feira, 8 de dezembro de 2016


França na iminência do colapso total




Guy Millière, Institute Gatestone, 5 de Dezembro de 2016

Dr. Guy Millière, professor da Universidade de Paris,
é autor de 27 livros sobre a França e a Europa.


A França não percebeu isso naquela época, mas montou uma armadilha para si mesma e a armadilha agora está a começar a disparar.

Nos anos de 1970 os palestinos começaram a usar o terrorismo internacional e a França optou por aceitar esse terrorismo desde que ela não fosse afectada. Ao mesmo tempo a França acolheu a imigração em massa do mundo árabe-muçulmano, evidentemente, como parte do desejo muçulmano de expandir o Islão. A população muçulmana desde então aumentou em número, porém não se assimilou.

Os levantamentos mostram que um terço dos muçulmanos franceses querem a aplicação plena da Lei Islâmica (Sharia). Mostram também que a maioria esmagadora dos muçulmanos franceses apoia a jihad, especialmente a jihad contra Israel, um país que gostariam de ver varrido da face da terra.

«É melhor sair do que fugir.» – Sammy Ghozlan, Presidente da Agência Nacional de Vigilância contra o Anti-semitismo. Depois foi assaltado e o seu carro incendiado. Ele foi embora.

Villiers também menciona a existência de «zonas proibidas» com milhares de armas de guerra. Acrescenta que as armas provavelmente nem sequer serão utilizadas, os islamistas já venceram.

Originalmente os sonhos franceses poderiam ter sido os de desarticular os Estados Unidos como potência mundial, distanciá-lo do acesso ao petróleo barato e aos negócios com países islâmicos ricos em petróleo, além das preces de não terem terrorismo interno.

Em França reina a agitação descontrolada. «Migrantes» que chegam de África e do Médio Oriente semeiam a desordem e a insegurança em inúmeras cidades. O enorme bairro de lata, mais conhecido como a «selva de Calais», acaba de ser desmantelado, no entanto outros bairros de lata aparecem de repente todos os dias. Na zona leste de Paris, as ruas estão cobertas de telhas onduladas, toalhas de plástico ou de outro material e placas desconjuntadas. Violência é o lugar comum. As 572 «zonas proibidas», oficialmente denominadas «áreas urbanas sensíveis», continuam crescendo e os policias que se aproximam delas muitas vezes sofrem as consequências. Recentemente uma viatura da polícia foi emboscada, o veículo foi incendiado e os policias foram impedidos de sair. Se forem atacados, conforme as ordens dos superiores a indicação é fugir em vez de retaliar. Muitos policias, furiosos por terem que se comportar como covardes, organizaram manifestações. Não houve ataques terroristas desde o assassinato de um padre em Saint-Etienne-du-Rouvray em 26 de Julho de 2016, mas os serviços de inteligência sabem que os jihadistas que regressaram do Médio Oriente estão prontos para atacar e que os distúrbios podem explodir em qualquer lugar, a qualquer hora, sob qualquer pretexto.

Apesar de estar sobrecarregado com uma situação interna que mal consegue controlar, ainda assim o governo francês intervém em assuntos mundiais: um «estado palestino» ainda é a principal bandeira, Israel é o seu bode expiatório favorito.

Na Primavera passada, apesar de a França e dos territórios palestinos estarem em péssimo estado, o ministro das Relações Exteriores de França Jean-Marc Ayrault declarou que era «urgente» relançar o «processo de paz» e criar um estado palestino. Por conseguinte, a França convocou uma conferência internacional realizada em Paris em 3 de Junho. Nem Israel nem os palestinos foram convidados. A conferência foi um fracasso. Terminou com uma declaração insípida sobre a «imperiosa necessidade» de «avançar».

A França não parou por aí. O governo então decidiu organizar uma nova conferência em Dezembro. Desta vez juntamente com Israel e os palestinos. O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu observando que Israel não necessita de intermediários recusou o convite. Os líderes palestinos aceitaram-o. Saeb Erekat, porta-voz da Autoridade Palestina congratulou a França acrescentando, o que não é de se estranhar, que foi a Autoridade Palestina que «sugeriu» aos franceses a realização da conferência.

Donald Trump agora é o presidente eleito dos EUA e tudo leva a crer que Newt Gingrich desempenhará um papel-chave na Administração Trump. Gingrich destacou há alguns anos que não existe um povo palestino, acrescentando na semana passada que os ajustamentos não são de modo algum um obstáculo à paz. Sendo assim, ao que tudo indica, a conferência será outro fracasso.

Diplomatas franceses, no entanto, estão elaborando juntamente com funcionários da Autoridade Palestina uma resolução da ONU para reconhecer um estado palestino dentro das «fronteiras de 1967» (as linhas de armistício de 1949), isso sem nenhum tratado de paz. Eles têm aparentemente a esperança de que o presidente dos EUA Barack Obama, ainda no exercício das suas funções, não use o veto americano no Conselho de Segurança, permitindo a aprovação da resolução. Não é possível afirmar se Barack Obama vai querer terminar a sua presidência com um gesto tão flagrantemente traiçoeiro. É quase certo que o gesto francês não vai ter êxito novamente.

Durante muitos anos a França dá a entender ter construído toda a sua política externa em cima do alinhamento com a Organização de Cooperação Islâmica (OIC em inglês): 56 países islâmicos mais os palestinos. Originalmente os sonhos franceses poderiam ter sido os de desarticular os Estados Unidos como potência mundial, distanciá-lo do acesso ao petróleo barato e aos negócios com países islâmicos ricos em petróleo, além das preces de não terem terrorismo interno. Todas as quatro esperanças não deram em nada. É óbvio também que a França tem problemas mais urgentes para resolver.

A França persiste porque está tentando desesperadamente impor limites aos problemas que provavelmente não podem ser resolvidos.

Nos anos de 1950 a França era bem diferente do que é hoje. Era amiga de Israel. A «causa palestina» não existia. A guerra na Argélia estava no auge e a grande maioria dos políticos franceses nem sequer apertaria a mão de terroristas que não se tivessem arrependido dos seus actos.

Tudo isto mudou com o fim da guerra na Argélia. Charles de Gaulle entregou a Argélia a um movimento terrorista chamado Frente de Libertação Nacional. Ele então passou a criar uma reorientação estratégica da política externa da França, inaugurando o que chamou de «política árabe de França

A França assinou acordos comerciais e militares com diversas ditaduras árabes. Para seduzir os seus novos amigos, de maneira ávida, adoptou uma política anti-Israel. Quando na década de 1970, o terrorismo na forma de sequestros de aviões foi inventado pelos palestinos e, com o assassinato dos atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972, «os palestinos» de repente tornaram-se uma «causa sagrada» e uma ferramenta útil para alavancar a posição francesa no mundo árabe, a França ao adoptar a «causa», passou a ser inflexivelmente pró-palestina.

Os palestinos começaram a usar o terrorismo internacional e a França optou por aceitar esse terrorismo, desde que não fosse afectada. Ao mesmo tempo a França acolheu a imigração em massa do mundo árabe-muçulmano, evidentemente, como parte do desejo muçulmano de expandir o Islão. A população muçulmana desde então aumentou em número, porém não se assimilou.

A França não percebeu isso naquela época, mas montou uma armadilha para si mesma e a armadilha agora está a começar a disparar.

A população muçulmana de França dá a entender que é antifrancesa em termos judaico-cristãos, valores do Iluminismo e pró-francesa apenas na medida em que a França se curva às exigências do Islão. Não obstante, os muçulmanos de França que também são pró-palestinos, teoricamente não deveria ter havido nenhum problema. Mas a França subestimou os efeitos da ascensão do Islão radical no mundo muçulmano e além dele.

Cada vez mais os muçulmanos franceses se consideram acima de tudo muçulmanos. Muitos afirmam que o Ocidente está em guerra com o Islão, vêem a França e Israel como parte do Ocidente, assim sendo estão em guerra com os dois. Vêem que a França é anti-Israel e pró-Palestina, mas também vêem que vários políticos franceses mantêm laços com Israel, de modo que provavelmente acham que a França não é anti-Israel e pró-Palestina o suficiente.

Eles vêem que a França tolera o terrorismo palestino e parecem não compreender porque é que a França combate o terrorismo islâmico noutros lugares.

Para agradar aos muçulmanos que estão em França, o governo francês pode até acreditar que não há outra escolha senão ser ainda mais pró-palestina e anti-Israel o máximo possível – muito embora, conforme as pesquisas de opinião indicam, esta política é um fracasso estrondoso.

O governo francês, sem dúvida, vê que não tem condições de impedir o que cada vez mais parece ser um desastre iminente. Este desastre já está a ocorrer.

Talvez o actual governo de França ainda alimente a esperança de poder empurrar um pouco com a barriga o desastre e evitar uma guerra civil. Talvez possam ter a esperança de que as «zonas proibidas» não expludam – pelo menos durante o mandato deste governo.

Há hoje em França seis milhões de muçulmanos, 10% da população, e a percentagem está a aumentar. Os levantamentos mostram que um terço dos muçulmanos franceses querem a aplicação plena da Lei Islâmica (Sharia). Também mostram que a maioria esmagadora dos muçulmanos franceses apoia a jihad, especialmente a jihad contra Israel, um país que eles gostariam de ver varrido da face da terra.

A principal organização muçulmana francesa, a União das Organizações Islâmicas de França, é o ramo francês da Irmandade Muçulmana, um movimento que deveria ser incluído na lista das organizações terroristas pelo seu aberto desejo de derrubar governos ocidentais.

A Irmandade Muçulmana é primordialmente financiada pelo Qatar, país que investe intensamente em França – e que conta com a comodidade de ter a sua própria base aérea dos EUA.

Os judeus estão a deixar a França em número recorde e a debandada não pára. Sammy Ghozlan, presidente da Agência Nacional de Vigilância contra o Anti-semitismo, reiterou por muitos anos que: «é melhor sair do que fugir». Foi assaltado. O seu carro foi incendiado. Ele saiu e agora vive em Israel.

O restante da população francesa vê claramente a extrema gravidade do que está a acontecer. Alguns estão furiosos e em estado de revolta, outros parecem resignados esperando o pior: a tomada da Europa pelos islamistas.

As próximas eleições francesas estão programadas para Maio de 2017. O presidente francês François Hollande perdeu toda a credibilidade e não tem nenhuma probabilidade de ser reeleito. Quem chegar ao poder terá uma tarefa difícil.

Ao que tudo indica os franceses perderam a confiança em Nicolas Sarkozy, de modo que provavelmente escolherão entre os candidatos Marine Le Pen, Alain Juppé ou François Fillon.

Marine Le Pen é a candidata da Frente Nacional de extrema-direita.

Alain Juppé é o prefeito de Bordéus e muitas vezes faz campanha na companhia de Tareq Oubrou, imã da cidade. Até recentemente, Tareq Oubrou era membro da Irmandade Muçulmana. Alain Juppé parece acreditar que a presente desordem irá perder força se a França se curvar totalmente ao Islão.

François Fillon, será provavelmente o candidato da direita moderada.

Ele indicou recentemente que «o sectarismo islâmico» cria «problemas em França». 

Ele também destacou que se um estado palestino não for estabelecido brevemente, Israel será «a principal ameaça à paz mundial.»

Há três anos o filósofo francês Alain Finkielkraut publicou o livro: A Identidade Infeliz (L'identité malheureuse), no qual descreve os perigos inerentes à islamização da França e os principais distúrbios que se originam a partir daí. Juppé escolheu um lema de campanha que se destina a contradizer Finkielkraut: «A Identidade Feliz».

Desde a publicação do livro de Alain Finkielkraut, outros livros de carácter pessimista foram publicados e tornaram-se best-sellers em França. Em Outubro de 2014 o colunista Eric Zemmour publicou O Suicídio Francês (Le suicide français). Há poucas semanas publicou outro livro: Um Mandato de Cinco Anos Para Nada (Un quinquennat despeje rien). Descreve o que vê a acontecer com a França: «invasão, colonização, explosão.»

Zemmour define a chegada de milhões de muçulmanos em França nas últimas cinco décadas como uma invasão e a recente chegada de um turbilhão de imigrantes como a continuação daquela invasão. Descreve a criação de «zonas proibidas» como a criação de territórios islâmicos em solo francês e parte integrante de um processo de colonização.

Ele escreve que as erupções de violência que se espalham são sinais de uma explosão iminente, que cedo ou tarde, a revolta vai ganhar terreno.

Outro livro: Os Sinos da Igreja Tocarão Amanhã? (Les cloches sonneront-elles encore demain?), foi publicado recentemente por Philippe de Villiers, ex-membro do governo francês.

Villiers chama a atenção para o desaparecimento de igrejas em França e a sua substituição por mesquitas. Também menciona a existência de «zonas proibidas» com milhares de armas de guerra (fuzis automáticos AK-47, pistolas Tokarev, armas antitanque M80 Zolja, etc). Acrescenta que as armas provavelmente nem sequer serão utilizadas – os islamistas já venceram.

No seu novo livro: Os Sinos da Igreja Tocarão Amanhã?, Philippe de Villiers observa
o desaparecimento de igrejas em França e a sua substituição por mesquitas.
Na foto acima: em 3 de Agosto a polícia francesa retirou à força um padre e a sua congregação
da Igreja de Santa Rita em Paris antes dela ser demolida, conforme estava programado.
A líder da Frente Nacional Marine Le Pen salientou furiosamente:
«e se construíssem estacionamentos no lugar de mesquitas salafistas e não de nossas igrejas?»
(imagem: captura da tela de vídeo RT)

Em 13 de Novembro de 2016 a França assinalou o primeiro aniversário dos ataques de Paris. As placas foram descerradas em todos os lugares onde as pessoas foram mortas.

As placas diziam: «Em memória das vítimas feridas e assassinadas nos ataques». Nenhuma menção foi feita sobre a barbárie jihadista. À noite, a casa de espectáculos Bataclan foi reaberta com um concerto de Sting. A última canção do concerto foi «Insh' Allah»: «se Alá quiser». A direcção do Bataclan não permitiu a entrada de dois membros da banda norte-americana Eagles of Death Metal – que estavam no palco quando o ataque começou. Algumas semanas depois do ataque, Jesse Hughes, vocalista do grupo,  atreveu-se a criticar os muçulmanos que participaram no ataque. O director do Bataclan indicou acerca de Hughes: «há coisas que não dá para perdoar».


Tradução: Joseph Skilnik