BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

terça-feira, 28 de junho de 2016


Conferência comemorativa


Olivença e o Tratado de Viena de 1815


Convite

A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença tem a honra de o convidar a estar presente na Conferência Comemorativa Tratado de Viena de 1815, que organizará no próximo dia 5 de JULHO pelas 17h30 no auditório do novo edifício da Assembleia da República.

O evento assinalará os 200 anos do Tratado de Viena e contará com as intervenções da senhora professora Ana Leal de Faria e do senhor professor Braga da Cruz. Simultaneamente estará visitável uma exposição documental e bibliográfica com a mesma temática.

A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença solicita-lhe o privilégio de nos conceder a sua presença, agradecendo antecipadamente confirmação até às 18h00 do próximo dia 3 de Julho.


A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença

Grupo dos Amigos de Olivença
Rua Portas de S. Antão, 58 (Casa do Alentejo)
1150-268 LISBOA

Tlm. 914 172 525

www.olivenca.org – olivenca@olivenca.org







História da Guiné







sexta-feira, 17 de junho de 2016


Quando vemos jogar a nossa selecção...


Vítor Manuel Guerreiro


Parece-nos que eles são heróis nacionais a sacrificarem-se arduamente pelo País.

Calma minha gente, aquilo é apenas mais um clube onde cada um deles está ali a pensar em possíveis contratos milionários para depois do Europeu e na sua conta bancária.

Ex-Combatentes:

    A Nossa Selecção dos Anos 60 e 70
    Ganhávamos pouco e comíamos mal
    Não estávamos hospedados em grandes hotéis
    Os autocarros eram todos descapotáveis e estradas muito más
    Éramos recebidos com foguetes quando chegavamos ao teatro de guerra
    Os erros eram pagos com a vida
    Mas…
    Nunca deixámos de Honrar Portugal.





domingo, 12 de junho de 2016


Homenagem aos combatentes

— XXIII Encontro Nacional


João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador


«Estes homens, nos tempos de lutas e de crises,
tomam as velhas armas da Pátria, e vão, dormindo mal,
com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio,
nos calores pesados, combater e morrer longe
dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos,
para que nós conservemos o nosso descanso
opulento.

Estes homens são o povo, e são os que nos defendem».

Acabo de ler um trecho de «O Povo», de Eça de Queiroz.


Bom dia a todos.

Os meus agradecimentos por me dispensarem uns minutos da vossa atenção.

A Constituição da República Portuguesa (CR), apesar de ser a mais extensa que tivemos, desde 1822, não encontrou espaço nos seus 296 artigos e sete revisões, para referir uma única vez a palavra «Nação» – a Nação dos Portugueses.

Já relativamente à palavra «Pátria», a Constituição é mais pródiga: invoca-a, nada mais, nada menos, do que uma vez, mais concretamente no seu artigo 276, e cito «A defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses»!

É sabido que a defesa da Pátria não se faz apenas de armas na mão; essa defesa pode e deve, estender-se a todas as áreas da actividade humana.

Mas convém não esquecer que a defesa armada é o último argumento, que se faz em extremo e pode implicar o sacrifício de bens, sangue e vida.

E, ao ter-se abandonado o Serviço Militar Obrigatório, parece que a defesa da Pátria – esse dever e direito fundamental, segundo a Constituição, ficou direito de todos e dever só de alguns…

A Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, por sua vez, continua omissa sobre a «Nação», mas já fala duas vezes em Pátria; no seu artigo 9.º repete a fórmula da Constituição; e no Art.º 22 afirma perentoriamente que, «será assegurada de forma permanente a preparação do País, designadamente das Forças Armadas para a defesa da Pátria» (atenção, eu só estou a dizer o que está lá escrito, não confundir com o que se tem feito…).

Ora haver Nação sem Pátria é curto; mas haver Pátria sem Nação, é impossível!…

Porém, não havendo aparentemente, Nação, o Estado, que é justamente a Nação politicamente organizada, representará, então, quem ou o quê?

Ora se o Estado não representar a Nação, não pode sentir a Pátria como sua, tão pouco a entender.

Portugal é, todavia, uma Nação coesa, seguramente desde o tempo do esclarecido Rei, o Senhor D. Dinis; com as mais antigas fronteiras estáveis do mundo, mau grado o esbulho pendente de Olivença; formou um Estado Nacional Português, desde o tempo do preclaro Rei, Senhor D. João II e ganhou consciência que era uma Pátria, senão antes, garantidamente, depois de Camões ter escrito os Lusíadas!

E Camões – que também foi um combatente – não se esqueceu de, neles, referir a Nação – fê-lo, até, por sete vezes – e não foi avaro em relação à Pátria já que a evoca em 35 ocasiões!

E a obra de Luís Vaz – cuja morte neste dia também evocamos – foi-lhe tão superior e transcendente, que ele próprio se enganou ao dizer, pressentindo o fim, que «morria com a Pátria», antevendo a ocupação castelhana.

O certo é que, a Nação que já era Pátria, sobreviveu aos 60 anos da Coroa Dual Filipina e passou a viver de vida própria, qual fénix renascida!

O que atrás se disse representa, pois, a dissonância existente entre o Estado e a Nação, que é a razão por que nós nos reunimos aqui, desde há cerca de 25 anos, a comemorar o Dia de Portugal, honrando os combatentes, enquanto as figuras que ocupam transitoriamente as cadeiras do Poder – Poder que está hoje, maioritariamente, fora do país – estão sempre noutro lado. E quanto aos combatentes por norma, aos costumes dizem nada.

Essa é também a razão pela qual as Forças Armadas só voltaram a integrar as comemorações oficiais do feriado nacional, há 10 anos, depois delas terem estado arredadas cerca de três décadas.

E caros compatriotas aqui presentes, não somos nós que estamos mal; «eles» é que se afastaram do trilho certo. Do trilho do Dever, da Honra, do Patriotismo, do amor a Portugal.

*****

Esta cerimónia, singela mas muito digna, realizou-se sempre sem se pedir um ceitil que fosse, ao Estado e junto a um monumento, em memória dos combatentes, em que nada se pediu, também, ao Estado – aliás, em várias alturas, teve que ser construído com a oposição desse mesmo Estado.

*****

Parece que a frase, entre muitas, célebre, do grande português e militar, que foi o tenente-coronel Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque, de que «Portugal é obra de soldados» passou a estar na moda.

Mas estando ou não, na moda, essa frase foi sempre uma realidade, pois sem soldados – isto é, sem combatentes – não haveria território, a tal «nesga de terra debruada de mar», no dizer de Torga; não haveria população; não haveria matriz cultural; não haveria segurança, não haveria Justiça, não haveria Bem-Estar, não haveria liberdade.

E quem permitiu e fez isto? Pois foram os soldados, os combatentes, o tal povo, do Eça.

Onde se devem individualizar as mães e as mulheres, pois foram elas que sempre aguentaram a retaguarda!

Por isso todos nós devemos estar orgulhosos dos nossos combatentes; de quem disse «pronto», quando chegou a hora; quem lutou quando foi preciso lutar; quem não virou a cara aos sacrifícios; quem não desertou do combate ou, pior ainda, quem traiu a terra que lhe serviu de berço, a terra dos seus pais.

Porque, desgraçadamente, desses sempre os houve e ainda há.

Também deles falam «os Lusíadas» e não há estátuas, nomes de ruas, séries de televisão, condecorações, prémios, branqueamento da História, etc., que possa apagar essa realidade da memória colectiva da Nação.

Pelo menos enquanto restar um português com algum saber, vergonha na cara, coluna direita e bem-querer na alma!

*****

Caros compatriotas, o combate não terminou com aqueles que hoje homenageamos e desenganem-se aqueles que julgam que não teremos de guerrear, novamente, ou que o terrorismo é apenas uma expressão de lunáticos contemporâneos, já que a sua origem remonta ao século XI, ao «velho da montanha» e à seita dos hashashin e, modernamente, em termos de terrorismo de Estado, à Revolução Francesa de 1789.

Temos que nos preparar para os combates do futuro.

Os nossos antepassados não andaram a trabalhar, a lutar, a edificar e a expandir o nosso país, desde 1128, para agora estarmos a alienar ao desbarato, a nossa soberania, a nossa nacionalidade, a nossa cultura (onde a língua tem um lugar de destaque), as nossas gentes, o nosso património e a nossa terra.

Para ficarmos escravos de dívidas perpétuas e enredados em leis alheias, iberismos serôdios ou federalismos espúrios; sermos, eventualmente, submersos por vagas de estranhos, cujas matrizes culturais não estejamos aptos a integrar, sem perdermos a nossa; e a caminhar para, a breve trecho, não haver um Km2 de território em mãos portuguesas.

E, outrossim, por nos estarmos a suicidar colectivamente, por via de excesso de emigração, imigração, leis de naturalização erradas, quebra demográfica gravíssima e corrupção galopante.

Finalmente para sermos reféns de organizações sem rosto oficial, de carácter internacionalista e mais ao menos secretas ou discretas, que ninguém elegeu e que transformam, só por si, a Democracia e a Justiça, numa ficção.

E em vez das cinco Quinas passarmos a ter como símbolo o «Deus Mamon».

Temos de olhar à nossa volta, acordar e reagir!

É que, como disse o tão mal citado Fernando Pessoa, «só existem Nações, não existe Humanidade».

Caros compatriotas, esta cerimónia destina-se à exaltação da memória dos combatentes, nossos antepassados ou contemporâneos, mas destina-se também, aos que hoje vivem e a quem compete receber e passar o testemunho.

Pois deles é o futuro e, por isso, a quem compete reflectir sobre o exemplo dos que caíram ou se sacrificaram no campo, que tem de ser da Honra, enquanto as imperfeições da natureza humana não permitem a erradicação da guerra e outras imoralidades, na eterna luta entre o Bem e o Mal.

Devemos, deste modo, curvar-nos, reverentes e obrigados, junto aos nomes daqueles que estão gravados nos muros deste memorial, que combateram nas últimas das centenas de campanhas ultramarinas que realizámos nos últimos seis séculos (não foram seis décadas…), fazendo jus ao Padre António Vieira que um dia disse que «Deus deu aos portugueses um berço estreito para nascer e o mundo inteiro para morrer».

Evoco em nome de todos, aquele cujo nome figurou primeiro neste local: o do Subchefe da polícia Aniceto do Rosário, morto em combate, que na iminência de um ataque dos indianos disse ao Governador, «Parta V. Ex.ª descansado que eu não deixarei ficar mal a bandeira portuguesa».

E não posso deixar de dizer, com todas as fibras do meu ser, que eles lutaram bem, competente e vitoriosamente, numa guerra justa, em termos humanos e que, infelizmente terminou de forma trágica e não merecida.

Nesta luta fizemos frente à maior campanha montada a nível global e mundial, contra a Nação dos Portugueses, desde a Guerra da Restauração.

Nela chegámos a manter 230 000 homens em pé de guerra, em quatro continentes e três oceanos, a combater durante 14 anos, em três teatros de operações enormes, distantes entre si e a então Metrópole – que era a base logística principal – por milhares de quilómetros, sem fazer uso de alianças militares e sem generais ou almirantes importados, o que já não sucedia desde Alcácer-Quibir.

Usufruindo de uma logística notável – basta comparar com o que se passou com a nossa participação na I Guerra Mundial – que já não conseguíamos montar tão bem, desde que enviámos a terceira Armada, à Índia, comandada pelo João da Nova, em 1501!

Abro um parêntesis para destacar a Marinha Mercante, neste esforço logístico, sem a qual não poderíamos ter reagido rapidamente nem sustentado tão longo período de operações.

Hoje, dos 70 000 navios mercantes existentes no mundo, apenas uma dezena são de armadores portugueses e ostentam o pavilhão nacional. Nem meio batalhão conseguem transportar…

Nesta campanha só não conseguimos resistir à miserável invasão de Goa, Damão e Diu, pela União Indiana, em 1961, pela enorme desproporção de forças em presença e pela usual hipocrisia das relações internacionais. Mesmo assim ainda conseguimos pô-la em sentido durante mais de 10 anos – não foi coisa de somenos.

Nova Deli usou o «direito da força» mas nunca teve a força do Direito, nem da Razão!

Toda esta acção, a todos os títulos magnífica, não encontra paralelo em nenhuma campanha contemporânea, mas foi apenas corolário daquilo que o escritor americano, James Michener, disse de nós e cito: «Nesses anos quando um soldado português desembarcava de um dos barcos da sua nação para servir num forte de Moçambique, ou em Malaca, ou nos estreitos de Java, já previa, durante o seu tempo de serviço, três cercos, durante os quais comeria erva e beberia urina. Estes defensores portugueses contribuíram para uma das mais corajosas resistências da História do Mundo».

A estes se devem juntar todos aqueles e seus descendentes, que desde a tarde de S. Mamede, acompanharam o nosso pai, Afonso Henriques, e têm mantido o seu legado até aos dias de hoje.

Lembrar o seu exemplo e preservar a sua memória, é tarefa ingente de todos os bons portugueses, pois tal deixou de ser feito na escola, na generalidade dos «média» e quase desapareceu do discurso político a não ser em frases de circunstância, ditas sem convicção.

Em 1582, esse grande patriota que foi Ciprião Figueiredo de Vasconcellos, Governador das Ilhas dos Açores, escreveu ao monarca Habsburgo, que reinava em Madrid e atirou-lhe, «Antes morrer livres que em paz sujeitos» e logo acrescentou, «nem eu darei aos moradores destas ilhas outro conselho, porque um morrer bem é viver perpetuamente».

Afirmamos hoje, o mesmo, com Esperança e acrisolada Fé, em que consigamos manter a estamina necessária para preservar a nossa terra, Portugal, livre e independente.

Lembro que um combatente só dá baixa para a cova!

Caros compatriotas, vou terminar com a melhor homenagem que podemos fazer a quem combateu e, porventura, morreu na defesa da terra dos nossos antepassados, e por tudo o que tal representa, incluindo o de que o seu sacrifício não possa ser considerado em vão.

Vamos todos em conjunto e em uníssono, darmos um grande e empolgante viva a Portugal.

Viva Portugal.

Viva Portugal!





segunda-feira, 6 de junho de 2016


Não à islamização de Portugal, e da Europa!




Contra a construção de mais uma mesquita em Lisboa 
Para: Ex. Sr. Presidente da Assembleia da República


Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

Os cidadãos abaixo assinados vêm por este meio solicitar à Assembleia da República uma recomendação com vista à revogação imediata da decisão da Câmara Municipal de Lisboa de construir uma nova mesquita na referida cidade (zona do Martim Moniz), tendo em conta os seguintes considerandos:

1.º Sendo Portugal constitucionalmente um estado laico, não se afigura legal que estejam envolvidos dinheiros públicos num projecto que prevê a construção de um complexo que integra um templo religioso. No entender dos signatários, tal situação configura um favorecimento do Islamismo (que, como se sabe, nem sequer é a religião da maioria dos portugueses) em relação às outras religiões.

2.º O referido projecto vai colidir com os tipos de construções existentes na zona, contribuindo para a descaracterização da cidade, já muito ferida por erros anteriores.

3.º A construção do dito templo estará manifestamente a contribuir para o alarme social, tendo em conta a situação de expansionismo do extremismo islâmico que se vive no Médio Oriente e Norte de África e que ameaça Portugal, a partir do momento em que se sabe que existem radicais muçulmanos que defendem a integração da Península Ibérica num grande califado islâmico (cf., p. ex., http://observador.pt/2014/08/12/um-califado-seculo-xxi/) e que já está documentada a presença em Lisboa de muçulmanos que apoiam a entidade terrorista que dá pelo nome de Estado Islâmico (cf., p. ex., programa televisivo «Sexta às 9», de 26 de Setembro de 2014, http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=769655&tm=8&layout=122&visual=61).










Pedro Barroso confessa

não conseguir ser «gay»

e penitencia-se...


O CERCO 
    Venho aqui pedir desculpa
    de não ser evoluído,
    apesar destas campanhas
    na rádio, na televisão,
    em toda a parte, insistindo
    na urgência do assunto…
    Eu não consigo gostar;
    – não consigo mesmo, pronto.
    Sei que pertence ser gay,
    toda a gente deve ser.
    Mas eu, lamentavelmente
    não sou como toda a gente;
    Como aconteceu... não sei,
    peço desculpa por isso,
    mas confesso: sou… diferente.
    Sei que vos pode ofender
    esta minha enfermidade,
    pois um gajo que assim pensa
    hoje em dia, não tem nexo;
    deveria ser banido,
    expulso da comunidade.
    É uma vergonha indecente
    Gostar de mulher, ter filhos
    Casar, afagar, perder-se
    Com pessoa doutro sexo!
    Uma nojeira repelente;
    Dar-lhe, até, beijos na boca
    em público! E declarar
    Esta sua preferência
    Que eu nem sei classificar!
    Tenho uma vergonha louca
    E desejo penitência
    por tal desconformidade,
    retardamento, machismo,
    doença, fatalidade!
    Já tentei tudo: – inscrevi-me
    em saunas, aulas de dança
    cursos de perfumaria
    origami, greco romana,
    ioga – para ter ousadia
    boxe – p’ra ganhar confiança...
    Mas quando chega o momento
    De optar… sou… decadente,
    Recorrente e insistente.
    Opróbrio raro e demente,
    Ver uma mulher seduz-me,
    Faz-me vibrar, deslumbro.
    Vê-la falar, elegante;
    Vê-la deslizar, sensual
    Como vestal, deslumbrante
    Seu peito assim, saltitante
    Sua graça embriagante
    olho com gosto, caramba,
    lamento ser tão ...normal.
    Mas eu confesso que sinto
    – neste corpo tão cansado
    Que da vida já viu tanto...
    Ainda sinto um desejo
    Que m’ envergonha bastante
    Por ser já tão deslocado
    tão antigo, assim tão fora
    do mais moderno critério.
    Valia mais estar calado
    Mas amigos, já agora
    Assumo completamente:
    – Tenho esse problema sério.
    Nunca integrarei partidos
    Onde não sou desejado.
    No planeta das tais cores
    não tenho dia aprazado,
    nem bandeira, nem veado,
    nem «orgulho» especial!
    Sou mesmo do «outro lado»
    dito «heterossexual»
    e já me chateia um bocado
    Ter que dizer, embaçado,
    que me atrai o feminino
    e sou apenas «normal»!
    – e, portanto, avariado.
    Mas… mesmo assim, – saudosista,
    imensamente atrasado,
    terrivelmente cercado,
    conservador nesse ponto,
    foleiro, desajustado...
    perdoai-me tal pecado
    – Não me sinto ...assim tão mal!