BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

terça-feira, 9 de julho de 2013

O fado das trincheiras

Fernando Farinha





O soldado na trincheira,
não passa duma toupeira
Vive debaixo do chão.
Só pode ter a alegria
de espreitar a luz do dia
Pela boca de um canhão.
Mas quando chegar a hora
dele arrancar por aí fora
Ao som da marcha de guerra,
Seus olhos são duas brasas
e as toupeiras ganham asas
Como as águias lá da serra.

Refrão :
Rastejando como sapos,
com as fardas em farrapos
Pela terra de ninguém
Mas cá dentro o pensamento,
corre mais alto que o vento
Quando pela nossa mãe.
E se eu morrer na batalha,
só quero ter por mortalha
A bandeira nacional.
E na campa de soldado,
só quero um nome gravado
O nome de Portugal.


Soldados da nossa terra,
são voluntário da guerra
Que vêm bater-se por brio.
Raça de povo e de glória,
que escreveu a nossa história
Nos mundos que descobriu.
Por isso a Pátria distante,
brilha em nós a cada instante
Como a luz de uma candeia,
Que arde de noite e de dia
no altar da Virgem Maria
Na igreja da nossa aldeia.


Música: António Melo
Letra: João Bastos e Félix Bermudes

Sem comentários:

Enviar um comentário