BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


A fuga de pessoal navegante da F. A.


João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador

Com a constante fuga de pessoal navegante da Força Aérea, do serviço activo – pois de uma verdadeira fuga se trata – as esquadras que operavam os helicópteros EH 101 (e não só) – uma excelente, complexa e, naturalmente, cara aeronave – ficaram muito decapitadas de pilotos, nomeadamente comandantes de bordo. Tal facto levou, por exemplo, à incrível situação do helicóptero (deviam ser, no mínimo dois), que está destacado no Arquipélago da Madeira, não tivesse a tripulação completa, sendo o comandante de bordo, transportado de Lisboa (de Falcon) em caso de emergência SAR (busca e salvamento). Caso houvesse disponibilidade de avião e de piloto, acrescentamos nós.

A FA conseguiu, ao fim de seis meses, formar um novo comandante de bordo, obviando-se assim à situação. Devido às restrições orçamentais continuadas e outras, a FA encontra-se, já há muito, a viver três paradoxos: o de haver poucos pilotos que voam «de mais»; haver outros tantos que voam de menos (ou pura e simplesmente, não voam) e, mais grave de tudo, está quase sem capacidade para formar novos pilotos, nem de regenerar as qualificações dos existentes.





Sem comentários:

Enviar um comentário