BLOGUE DA ALA DOS ANTIGOS COMBATENTES DA MILÍCIA DE SÃO MIGUEL

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Cresce na Europa o fenómeno dos bandos islâmicos armados



Outros autores, Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, 1 de Setembro de 2017

Numa Europa cada vez mais invadida por fluxos imigratórios e refugiados políticos de religião muçulmana, florescem e consolidam-se progressivamente guetos islâmicos e «no go zones» [zonas impenetráveis],verdadeiras áreas territoriais autogestionárias não policiadas, controladas por bandos armados fora do controle do Estado.

Um dos países mais atingidos por este processo de islamização é a Alemanha, que repentina e dramaticamente tomou conhecimento da situação na noite de Ano Novo de 2015, quando milhares de homens de origem árabe ou norte-africana molestaram e agrediram sexualmente mais de 500 mulheres alemãs, no centro de Colónia.

Um cenário suicida é descrito com exactidão num texto de um documento privado do governo alemão, publicado pelo Die Welt, onde se lê:

«Estamos a importar o extremismo islâmico, o anti-semitismo árabe, os conflitos nacionais e étnicos de outros povos, bem como uma concepção diferente da sociedade e do direito. As agências de segurança alemãs não abordam estes problemas de segurança importados e as consequentes reacções da população alemã.»

O fracasso do modelo multicultural alemão foi claramente destacado num estudo de 22 páginas do Departamento de Religião e Política da Universidade de Münster e relatado pelo Gatestone Institute, intitulado Integration und Religion aus der Sicht von Türkeistämmigen in Deutschland [Integração e Religião do ponto de vista dos turcos que vivem na Alemanha], onde se nota que «quase metade dos três milhões de turcos que vivem na Alemanha acredita ser mais importante respeitar a lei islâmica da Sharia do que a lei alemã, se elas se contradizerem. (…) A consulta – baseada numa pesquisa envolvendo turcos que vivem na Alemanha há muitos anos, muitas vezes por décadas – rejeita o que as autoridades alemãs dizem, a saber, que os muçulmanos estão bem integrados na sociedade alemã».

De acordo com o documento da Universidade de Münster, 47% dos entrevistados concordam com a afirmação de que a «observância dos mandamentos da minha religião é mais importante para mim do que as leis do Estado em que vivo»; 32% dos entrevistados são favoráveis ao facto de que «os muçulmanos devem lutar para retornar a uma ordem corporativa como nos tempos de Maomé»; 36% acreditam que «apenas o Islão pode resolver os problemas do nosso tempo»; 20% dos entrevistados afirmam que «a ameaça representada pelo Ocidente ao Islão justifica a violência»; 7% acreditam que «a violência é justificada para espalhar o Islão», e assim por diante, com estatísticas inequívocas deste teor.

A inação ou ligeireza do governo em abordar este processo de islamização incentivou recentemente o surgimento de grupos de vigilância antimuçulmanos, levando o Bundesamt für Verfassungsschutz (BfV) – a inteligência alemã – a alertar, no seu último relatório anual, sobre os riscos concretos de desencadeamento de uma espiral perigosa de reacções incontroláveis que podem levar a uma guerra aberta entre bandos opostos nas ruas da Alemanha.


Um dos mais recentes bandos muçulmanos alemães, fundado em Maio de 2017, chama-se Germanys Muslim. Trata-se de um grupo de motociclistas no estilo dos Hell Angels cujos componentes se propõem, como escreve o jornal Die Welt, o objectivo de proteger os seus «irmãos» ameaçados pela crescente islamofobia.

O grupo, fundado por Marcel Kunst, um alemão convertido ao islamismo com o nome de Mahmud Salam, tem escritórios em Mönchengladbach, Münster e Stuttgart e aspira a espalhar-se progressivamente por toda a Alemanha. Na sua página do Facebook, onde conta com cerca de mil seguidores, o grupo é apresentado como uma iniciativa de cidadania gratuita «que promove a convivência pacífica entre muçulmanos e não muçulmanos na Alemanha». No entanto, a polícia alemã concorda muito pouco com uma definição tão controversa, sublinhando que muitos dos seus membros mais velhos são conhecidos como salafistas radicais, a começar pelo próprio fundador, Kunst, definido como um «islâmico que se move nos círculos salafistas».

O preocupante crescimento do fenómeno salafista na Alemanha foi confirmado pelo relatório anual do Bundesamt für Verfassungsschutz, publicado em 4 de Julho, o qual afirma que o salafismo é um «movimento islâmico de rápido crescimento na Alemanha». Crescimento atestado por dados estatísticos que revelam como o número de salafistas cresceu progressivamente na Alemanha nos últimos anos, passando de 3 800 em 2011 para 9 700 em 2016.

BfV advertiu, portanto, sobre os riscos de possíveis distúrbios civis decorrentes deste contexto de um contraste ideológico cada vez maior:

«A potencial ameaça da violência de salafistas permanece perigosamente alta. A violência salafista poderia gerar dinâmicas adicionais através de interacções com grupos extremistas de outros campos ideológicos ‘hostis’, como aconteceu com actos no passado.»

Um segundo bando de motociclistas de Alá – constituído pelos Osmanen Germania [Otomanos da Alemanha], igualmente conhecidos e activos não apenas no território alemão –, é um grupo composto principalmente por alemães de origem turca, e o seu nome já deixa claro a sua linha de acção. A referência explícita ao Império Otomano, interrompido e derrotado em 1683 às portas de Viena de Áustria, expressa de modo emblemático qual é o verdadeiro objectivo deste grupo: retomar e completar a conquista islâmica da Alemanha e da Europa no século XVI.

Os Osmanen Germania aparecem oficialmente como uma empresa de boxe que tira os meninos da rua, mas de acordo com a polícia alemã, trata-se de uma verdadeira associação criminosa que opera em toda a Europa e se financia através de negócios no mundo da exploração da prostituição, do tráfico de armas e da droga.

https://www.youtube.com/watch?v=psfMLKIjGTY

É possível visualizar no YouTube dezenas de vídeos do grupo, todos do mesmo teor, com aparências severas e ameaçadoras, corpos tatuados e avantajados, carros desportivos e armas. Num deles, um musculoso componente do bando, cercado por outros afiliados, volta-se para a câmara gritando: «Agora ataque frontal, entende?», enquanto uma voz fora da cena acrescenta: «Estamos a chegar e a tomar todo o país». O vídeo continua com imagens alternando hordas selvagens de cavaleiros no deserto e homens em pose de roqueiros, com uma voz narrativa sempre a explicar «que permanecerão no campo de batalha até a última gota de sangue».


O ministro alemão do Interior, Ralf Jäger, disse recentemente que a taxa de expansão do bando Osmanen Germania é tão rápida, que é muito difícil de ser contida: «Não há como gerir esta situação com os recursos existentes».

Uma confirmação de que o grupo Osmanen Germania se está a expandir mesmo fora da Alemanha é a notícia de que abriu recentemente dois escritórios «estrangeiros» na Suíça, em Zurique e Basileia, os quais já poderiam contar com 180 a 220 membros e um crescente número de adeptos. Segundo declarou ao principal jornal suíço 20 Minuten um representante do Osmanen Germania Switzerland, a última célula do bando chama-se Osmanen Germania Southend e reúne membros oriundos de Ravensburg e do lago de Constança, e «em breve serão muitos os membros oriundos da Suíça Oriental».


A irrupção de gangs islâmicas armadas no coração da Europa e a crescente preocupação da inteligência europeia com o possível surgimento de conflitos étnicos entre bandos ideologicamente opostos confirma a estratégia promovida e divulgada on-line pelo ISIS por um longo período de tempo, através das suas várias redes. Em particular, o Estado Islâmico desenvolveu uma estudada e sofisticada campanha de propaganda na Internet por meio de vídeos, áudios, imagens e textos, que são divulgados pelos principais canais de comunicação visando viralizá-los para recrutar lutadores, espalhar tanto quanto possível a sua mensagem de luta e obter financiamento.


Um destes e-books, intitulado coincidentemente Gangs muçulmanas, inicia com este aviso preciso ao leitor: «O objectivo deste livro é dar aos muçulmanos um ponto de partida sobre como criar os seus próprios bandos e fazê-los crescer num movimento jihadista que pode assumir e tornar-se uma força de resistência no Ocidente». O autor enfatiza que as Gangs muçulmanas, em oposição às publicações anteriores, constituem um passo adiante na luta contra o Ocidente, proporcionando ao leitor uma série de dicas valiosas: «No e-book já discutimos como sobreviver no Ocidente, como ser um lobo solitário. Neste e-book, as Gangs muçulmanas querem ir além e transformar-nos numa gang de resistência. A primeira coisa que têm de decidir é: Qual é o seu objectivo como bando? Quer fazer o trabalho de propaganda para mudar a sociedade, ou quer fazer o trabalho militar e treinar a sua milícia armada? Escolha uma das opções: cada país e cada organização terrorista têm duas opções principais: a opção da propaganda e a opção militar».

O e-book aproveita o sentimento de fraternidade universal que reúne todos os muçulmanos do mundo, pertencentes indistintamente à grande comunidade da umma islâmica, escrevendo:

«Um muçulmano pode estar em qualquer lugar do mundo, de toda a raça e cultura, mas a sua fé torna-o um irmão de outro muçulmano. Então, haverá um muçulmano branco, um preto e um marrom dentro do mesmo grupo, mas os seus corações são um, a sua lealdade é uma, estão unidos na sua causa e unidos na sua dependência de Alá (Deus). (…) Somos apenas um povo, misericordiosos uns com os outros e implacáveis com o inimigo. (…) Todos os bandos muçulmanos que não são muçulmanos praticantes são fiéis à sua religião, mesmo que não a pratiquem, e especialmente quando são ameaçados por um inimigo comum».

O autor deste texto também salienta que o fenómeno dos «bandos muçulmanos», embora diferenciados de acordo com as etnias de imigrantes presentes no território, está amplamente espalhado por toda a Europa:

«É importante enfatizar que este fenómeno dos bandos – ‘Guetos’ – muçulmanos está espalhado por toda a Europa. Exemplo: no Reino Unido, a maioria dos bandos é composta de muçulmanos do Sul da Ásia; em França são os bandos árabes do Magreb; na Alemanha são bandos de turcos; na Finlândia são bandos de somalis etc.».

Segundo o autor do e-book, um formidável e inesperado aliado em tal processo de conquista da Europa é a própria Europa, frágil e desorientada, presa a uma profunda crise económica e de identidade:

«A Europa está a retornar à Idade Média [devido à recessão financeira]. Gangues armados estão-se a transformar em milícias para os políticos racistas, e uma jovem de minoria muçulmana é o seu inimigo. Tudo isto enquanto um califado está a crescer ao lado de todo o Mediterrâneo.»

O cenário proposto pelo autor, como já vimos, é aquele hoje compartilhado por alguns representantes da nossa Intelligentsia, de uma situação de crescente conflito social que levará inevitavelmente a um confronto frontal entre as duas facções, islâmica e anti-islâmica:

«Os teus ataques, no início, serão pequenos em represália aos ataques do inimigo no teu território. Procurarão bater onde dói, então deverás também acertá-los onde mais dói. Estes golpes entre os dois lados aumentarão a intensidade do conflito e gradualmente uma guerra pegará fogo. A guerra será tão grave que não haverá espaço para a polícia, e permanecerão enfrentando-se no campo somente os mujadins e os neonazistas. (…) A única razão pela qual a polícia pode mostrar um sinal forte é porque podem trazer reforços para um ponto ‘específico’ da violência. Mas, se houver várias áreas de violência em todo o país, simplesmente não haverá policiais suficientes para neutralizá-las. E assim, haverá batalhas ‘tribais’ e minimilícias que se formarão em vários países europeus, cada grupo defendendo o seu próprio território, e a mesquita, a igreja ou as lojas maçónicas tornar-se-ão os quartéis-generais de cada um destes grupos.»

Portanto, o Islão avança na Europa de acordo com as duas principais orientações estratégicas, representadas pelas suas duas opções de acção, descritas acima como «opção de propaganda e opção militar».

A primeira opção representa a linha «doce», operada silenciosamente, graças à conivência suicida europeia, por meio de armas demográficas, migratórias e de propaganda; a segunda opção – a militar – é, pelo contrário, a linha «dura», posta em prática através de ataques e bandos armados, visando criar uma situação de caos incontrolável e de conflito social. Esperemos, pois, que o conhecimento do plano de conquista possa ajudar a Europa e o Ocidente a inteirar-se da realidade e promover uma maior consciencialização. sobre o perigo que nos circunda.





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